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Foto do escritorEdson Toledo

Tricotilomania: O transtorno de arrancar cabelos

Perguntas e respostas para você entender tudo sobre Tricotilomania.


Tricotilomania - Transtorno do Impulso

O que é Tricotilomania?

A tricotilomania também chamada de transtorno de arrancar cabelo é caracterizada por uma vontade irresistível de remover ou puxar o próprio cabelo/pelo.


Quem tem tricotilomania?

Estima-se que a tricotilomania afete até 2% da população geral, podendo afetar homens e mulheres de qualquer idade, mas é mais comum em crianças do que em adultos. O pico de início geralmente ocorre nos anos pré-escolares e também no início da adolescência, geralmente por volta da puberdade.


Em crianças, a tricotilomania afeta igualmente meninos e meninas, mas com o aumento da idade, é vista mais frequentemente no sexo feminino. Não está claro se isso ocorre porque as mulheres são mais propensas a procurar tratamento. Os homens também podem ser capazes de disfarçar o comportamento de arrancar cabelo cortando careca o cabelo e fazendo a barba.


O que causa a tricotilomania?

A causa exata da tricotilomania ainda permanece em grande parte desconhecida, mas:

· Existe uma possível tendência genética.

· Pode se desenvolver como um mecanismo de enfrentamento desencadeado por estresse ou ansiedade.

· É comumente associada a outros comportamentos repetitivos focados no corpo, como roer unhas, escorria/cutucar a pele, morder os lábios, mastigar as bochechas.

· Fatores neurobiológicos podem estar envolvidos, também.


Quais são as características clínicas da Tricotilomania?

O local mais comum de arrancar é do couro cabeludo, mas também podem ser arrancado das sobrancelhas, cílios, tronco, braços, pernas e região pubiana. Podem também acontecer em múltiplos locais.


Algumas pessoas com tricotilomania arrancam cabelo/pelos que parecem ser diferentes em seu comprimento, cor ou textura dos outros fios de cabelo/pelos.


Pode ocorrer quando o individuo está engajado em atividades como: vendo televisão, lendo, estudando, falando ao telefone, usando computador, deitado na cama.


Arrancar o cabelo/pelo pode ser prazeroso e não costuma ser descrito como doloroso.


Os indivíduos afetados podem se sentir envergonhado, tentar mascarar a falha de cabelo e, consequentemente, terem problemas com baixa autoestima.


Quais são as complicações da Tricotilomania?

. O tricobezoar (bola de cabelo não digerida) é uma complicação rara, mas potencialmente fatal da tricotilomania, que resulta da ingesta de pelos arrancados (tricofagia). Pode apresentar-se com dor abdominal, náuseas, vômitos e constipação. Também pode causar obstrução ou perfuração intestinal e sua remoção é cirúrgica.

· Infecções cutâneas da área arrancada, seja cabeça ou outra parte do corpo.

· Blefarite, que é a inflamação da pálpebra por arrancar os cílios.

· Dor crônica devido à postura anormal ao puxar o cabelo.

· Síndrome do túnel do carpo, pelo esforço repetitivo em arrancar o cabelo/pelo.


Como é diagnosticada a tricotilomania?

O diagnóstico pode ser feito pela avaliação de um psicólogo clínico ou médico psiquiatra já que a tricotilomania se enquadra na categoria de transtornos obsessivo-compulsivos e afins, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, quinta edição revisada (DSM-5TR) da Associação Psiquiátrica Americana.


Qual é o tratamento para a tricotilomania?

O tratamento é multiprofissional, geralmente envolvendo alguma forma de psicoterapia cognitivo-comportamental que poderá ajuda-lo a identificar e examinar crenças distorcidas que você pode ter em relação ao arrancar cabelo/pelos.


Embora nenhuma medicação seja aprovada especificamente para o tratamento da tricotilomania, alguns medicamentos podem ajudar a controlar certos sintomas, daí a necessidade de procurar ajuda profissional.


A tricotilomania afeta muitas pessoas em todo mundo e é considerada uma condição de saúde mental tratável. Há muitas maneiras de controlá-la com psicoterapia e medicação. Se você conhece alguém que está passando por esta condição entre em contado do um profissional de saúde mental.

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