Atualmente, a compreensão de que os diferentes transtornos mentais, como os transtornos do impulso, estão relacionados a prejuízos funcionais é inquestionável. Diante disso, a assistência terapêutica ocupacional para essa população é essencial, pois promove modulação do impulso, melhora do desempenho ocupacional, elaboração e desenvolvimento de projetos de vida e melhora da capacidade de relacionamento interpessoal e da vida em comunidade.
Destacamos que os transtornos do impulso podem comprometer significativamente o desempenho ocupacional, sendo assim, a atuação do terapeuta ocupacional se torna importante para essas demandas. É importante ressaltar que o desempenho ocupacional é a habilidade para realização das atividades do dia a dia de uma pessoa, sendo satisfatório quando promove bem-estar e saúde.
A terapia ocupacional (TO) é uma profissão de nível superior do campo da saúde, com inserção na educação e assistência social, sendo uma ciência que entende o ser humano como ser ocupacional, ou seja, que desempenha ocupações, que são ações que as pessoas necessitam e/ou desejam realizar nos diversos ambientes e momentos de seu dia a dia, proporcionando sentido e significado para suas vidas.
A TO é uma profissão fundamental no cuidado integral, pois possibilita o desenvolvimento de habilidades para inserção social e favorece a participação do indivíduo no mundo. A atuação dos terapeutas ocupacionais proporciona que a pessoa tenha plena participação nas atividades do dia a dia em sua comunidade, vivendo da forma mais autônoma e independente possível, desempenhando seus papéis significativos e produtivos na vida e desenvolvendo e mantendo hábitos saudáveis.
A atuação do terapeuta ocupacional nos transtornos do impulso, como compulsão por jogo, compras, sexo, ciúmes excessivos, amor patológico, uso abusivo de recursos tecnológicos, entre outras, pode envolver a criação de hábitos saudáveis, reorganização dos processos de autocuidado e da rotina, atividades lúdicas, integrativas, manuais e expressivas, fortalecimento de aspectos emocionais, resgate de valores pessoais e sociais, suporte e envolvimento da família no tratamento, inserção e reinserção comunitária e social, elaboração de projetos de vida entre outros.
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