Dependência tecnológica se refere ao uso excessivo e problemático das tecnologias como, celular, jogos eletrônicos, redes sociais e tudo que envolve interações virtuais, afetando negativamente a saúde integral do indivíduo. Podemos pensar na dependência tecnológica, quando a interação entre o ser humano e as tecnologias passam a gerar um reforço comportamental, ou seja, a pessoa começa a precisar desses recursos para se sentir bem, suprir suas necessidades emocionais, aliviar seu humor, para escapar de situações desagradáveis. Assim, consequentemente, vai aumentando seu uso e acarretando sofrimento psíquico.
O diagnóstico para uma dependência tecnológica precisa considerar todo o contexto do indivíduo e sua relação com os eletrônicos, mas alguns critérios podem ser observados, como:
1) Preocupação excessiva com a Internet;
2) Necessidade de aumentar o tempo gasto online para alcançar a mesma satisfação;
3) Esforços repetidos para diminuir o tempo de uso da Internet;
4) Irritabilidade, depressão ou instabilidade de humor quando o uso da Internet está limitado;
5) Permanecer mais tempo online do que o programado;
6) Colocar o relacionamento, a escola ou o trabalho em risco pelo uso da Internet;
7) Mentir para os outros sobre o tempo gasto na rede;
8) Usar a Internet para escapar de problemas ou regular o humor;
Nem sempre é fácil identificar quando o uso está excessivo, principalmente nos dias atuais, onde muitos serviços, trabalhos e até diversão são oferecidas pelas telas. Um dos principais sinais de alerta manifesta-se quando a tecnologia está presente de forma abusiva na vida da pessoa para tentar suprir determinados aspectos emocionais como solidão, angústia, raiva, tristeza, ser valorizado e reconhecido. Alguns comportamentos que podem ser observados são: ▪️ Quando está triste, ansioso ou com raiva, sempre recorre as tecnologias para aliviar esse humor, e não consegue achar outras alternativas; ▪️ Não consegue se concentrar em outras atividades porque só fica pensando em estar conectado fazendo atividades como por exemplo navegar nas redes sociais ou jogar jogos eletrônicos; ▪️ Insatisfação em atividades que antes eram prazerosas e agora são substituídas pelo uso frequente das tecnologias; ▪️ Ficar desconectado causa grande desconforto ou até comportamentos agressivos.
Quando falamos do uso da tecnologia, o objetivo é buscarmos maneiras para lidar com os recursos digitais da melhor forma possível sem que nos cause prejuízos.
Caso essa situação e condições estejam presentes na sua vida, do seu filho, familiar ou amigo, busque ajuda especializada com profissionais da área da saúde como psicólogos e psiquiatras.
Tratamento realizado no PRO-AMITI para pacientes: 🔹️ O processo psicoterapêutico do grupo, acontece às quintas-feiras das 8h30 às 10h (online ou presencial) e é composto por 18 sessões, nas quais são trabalhadas questões relacionadas ao universo da dependência tecnológica. O ingresso ao grupo é mediante triagem prévia dos interessados.
🔹️ O foco da psicoterapia é a autorregulação e não a interrupção total do uso, buscando desenvolver estratégias para alcançar o uso saudável da tecnologia. O grupo é apenas para maiores de 18 anos. ⚠️ imprescindível ter disponibilidade de comparecer presencialmente em São Paulo quando necessário, caso a modalidade seja online.
Grupo de Orientação Continuada de pais e familiares de dependências tecnológicas
Nem sempre a pessoa que enfrenta um uso excessivo ou problemático dos recursos digitais como por exemplo redes sociais e jogos eletrônicos, reconhece e busca tratamento, sendo necessário que familiares também entendam e mudem sua forma de lidar com a situação.
O grupo de orientação tem como objetivo acolher e orientar os pais e familiares, proporcionando uma escuta respeitosa, sem julgamentos ou críticas, refletindo sobre os impactos e aspectos do uso excessivo de tecnologia pelos filhos e familiares.
Nos encontros são abordados temas relativos à dependência tecnológica, como comunicação, importância e papel dos pais e familiares, limites, resolução de problemas, uso desadaptativo da tecnologia, bem-estar emocional, entre outros, respeitando as diferenças com objetivo de enfrentar e superar as dificuldades, valorizando as relações familiares.
Algumas orientações para pais e familiares:
Mantenha um canal de diálogo aberto, escute o que seu filho tem a dizer, estabeleça regras e rotinas juntos, converse sobre o jogo, entenda como ele funciona, pensem juntos em atividades sem tecnologia, peça ajuda em pequenas coisas como tarefas da casa e estimule outras opções de diversão.
Orientamos que evite: retirar a força e de forma abrupta os aparelhos eletrônicos, desqualificar a pessoa, fazer cobranças excessivas, e evitar confrontos verbais e agressões físicas.
🔹️ O grupo para pais acontece às quintas feiras das 8h15 às 10h durante 10 encontros na modalidade online.
Grupo psicoterapêutico de adultos: Carla Cavalheiro, Cornélia Belliero e Felipe Botelho.
Grupo de Orientação Continuada de pais e familiares de Dependências Tecnológicas: Luciana Bezerra e Carolina Thans.
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