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Foto do escritorLiliana Seger

Principais características do Transtorno Explosivo Intermitente

A raiva é uma emoção básica e atua como um mecanismo de defesa para nossa sobrevivência. Geralmente, sentimos raiva em situações de ameaça, injustiça, desrespeito, humilhação, entre outras. Contudo, há uma enorme diferença entre sentir raiva e ter um comportamento agressivo ou de fúria por causa da raiva. E é neste limiar de reações intensas e impulsivas de raiva que pode configurar o Transtorno Explosivo Intermitente (TEI).


Transtorno Explosivo  Intermitente


O TEI é um quadro caracterizado por episódios de agressões impulsivas, que podem ser verbais e/ou físicas, direcionadas a pessoas, animais ou objetos. O comportamento explosivo não é planejado e é desproporcional ao evento desencadeante. Por exemplo, a pessoa tem um problema com a conexão da internet, sente-se injustiçada e com muita raiva, o que desencadeia uma reação intensa, como jogar o notebook no chão ou socar a tela do aparelho. Mesmo que ela não tenha dinheiro para comprar outro, a destruição acontece. A própria pessoa reconhece depois que a reação foi exagerada em relação ao evento estressor. Contudo, os indivíduos com o TEI sentem o impulso e agem, sem avaliar as possíveis consequências de suas ações, e, por isso, muitas vezes, são chamados de “pavio curto”, termo popularmente utilizado para se referir a pessoas com pouca paciência e extremamente irritáveis.


Após as explosões de raiva é comum que surjam sentimentos de vergonha, culpa, arrependimento e tristeza. Há um sofrimento acentuado com prejuízos em diversas áreas da vida, como socioafetiva e profissional, e muitos enfrentam consequências negativas financeiras e/ou legais.


Para o diagnóstico, as explosões precisam ter uma frequência média de duas vezes por semana, durante um período de três meses, ou apresentar, em um período de 12 meses, três grandes explosões “envolvendo danos ou destruição de propriedade e/ou agressão física envolvendo lesões físicas contra animais ou outros indivíduos” (APA, 2014, p. 466).


É importante ressaltar também que os ataques agressivos não estão associados apenas ao uso de álcool ou de outras substâncias (drogas, medicamentos) e nem relacionados a qualquer outra condição médica ou psicológica, como Alzheimer, traumas cranianos e/ou anormalidades neurológicas.


Referências bibliográficas:

AMERICAN Psychiatric Association. (2014). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. São Paulo: Artmed.


SEGER, Liliana et al. Como Lidar com a Raiva e o Transtorno Explosivo Intermitente: Guia Prático Para Pacientes, Familiares e Profissionais de Saúde. 1. ed. São Paulo: Hogrefe, 2020.


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